A Agência Portuguesa do Ambiente optou por descartar a sua responsabilidade no que diz respeito à análise de risco de colisão das aeronaves com as aves na aproximação à pista 01/19, no Montijo.
Lava as mãos como “Pilatos” remetendo para análise, por outros, desses riscos de “Bird Strike”.
Sabe a APA e sabemos nós que, e para além do mais, o aeroporto só será certificado se esse risco for devidamente avaliado e ponderado.
Como se tenta explicar adiante, o EIA está repleto de imprecisões, lacunas e omissões no que diz respeito a este descritor como a muitos outros.
Não está em causa a idoneidade individual dos técnicos que integraram a Comissão de Avaliação. O que se contesta são os indícios de falta de imparcialidade na decisão.
Para que seja possível uma avaliação das razões que levam a APA a propor uma DIA, favorável condicionada, é indispensável que se conheça o relatório (obrigatório por Lei) da Consulta Pública.
Esse relatório terá que conter a descrição das pessoas, entidades e organizações que participaram no período de Consulta Pública. Mais, esse relatório terá que fazer “fé”, ainda que resumidamente, do conteúdo dessas participações e pareceres.
Sabendo-se que foram registadas 1180 participações também se sabe que a esmagadora maioria foi contrária à agora proposta de DIA que a APA quer fazer aprovar.